Economia panamenha segue firme frente à América Latina

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Nos dois últimos anos houve uma retração regional de crescimento

ALERTA

Depois de usufruir por quase uma década de um crescimento médio de 4%, os dois últimos anos (2015 e 2016) registraram uma retração regional em que o crescimento médio na América Latina (AL) caiu para -0.6% projetado para final deste ano.

Segundo a Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban), a queda dos preços dos produtos básicos, a menor demanda por exportações em nível mundial, a redução dos investmentos estrangeiros diretos e a baixa no consumo nos lares são tão somente alguns dos acontecimientos que vêm afetando o desempenho econômico.

Além disso, a redução dos têrmos de intercâmbio, somados ao crescimento do déficit em conta corrente, terminaram por gerar um efeito negativo, tanto no setor externo como nas fontes de crescimento, o que gera como consequência acontecimentos como o mau momento da banca européia e as políticas monetárias expansivas da Europa, Inglaterra e Japão em contraposição às expectativas de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que transformaram os mercados financeiros internacionais imprevisíveis, voláteis e complexos para a realização de negócios.

Neste contexto, a Felaban fez um chamado à AL, com foco na melhora de variáveis estruturais como educação, qualidade das instituições e  progressão de seus sistemas tributários, entre outros.

Panamá em bom rítmo

Quanto ao Panamá, no primeiro semester do ano, os principals setores dinamizadores da economia foram: os serviços de fornecimento de eletricidade, gás e água (com uma expansão de 11.6%); exploração de minas e pedreiras (9.4%), construção (9.4%), intermediação financeira (6.8%), atividades de saúde privada (6.2%) e imobiliárias, empresariais e de aluguel (6.5%).

Para Raúl Moreira, diretor de Análises Econômica e Social do Ministério de Economia e Finanças, uma das vantagens da economia panamenha é contar com uma estrutura diversificada.

Por esta razão e apesar de existir atualmente a possibilidade de alguns setores serem afetados, principalmente aqueles relacionados com o setor externo, o resto dos setores, como intermediação financeira, construção e demais, permite que o país siga sendo líder de crescimento na AL, disse Moreira.

Segundo o Produto Interno Bruto (PIB), o prognóstico de crescimento por países para 2016 do Panamá é de 5.9% , acima de 18 países da região e somente abaixo da República Dominicana que registra 6%. (ver imagem).

Bolívar Alvarado, economista, explicitou que, ainda que a AL venha sendo afetada há vários anos, o Panamá se mantém sólido devido ao setor bancário e aos benefícios oferecidos aos investidores estrangeiros.

Acrescentou que o Panamá pode não alcançar um crescimento de 8%, mas que 5.9% é razoável, apesar dos escândalos sofridos nos últimos meses.

DATO

4.6%

Foi o crescimento do Panamá no primeiro trimestre de 2016

 

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