O Centro Bancário Internacional do Panamá fechou o mês de julho conm ativos de US$ 118.602 milhões, o que representa um aumento de 2.7% em comparação com o ano anterior.
A carteira local de crédito aumentou 10%. O superintendente de Bancos do Panamá, Ricardo Fernández, disse que “o negócio crediticio mantém um rítmo positivo e, mais importante, o mesmo continua robusto em setores econômicos que mostram dinamismo e crescimento, tais como construção (14.3%), hipotecas (13.8%), indústrias (15.1%) e agropecuários (9.9%), entre outros”.
O reporte reflete também um crescimento nos depósitos totais, que aumentaram 1.9% atingindo US$ 84.772 milhões. A Superintendência destacou “o crescimento que houve nos depósitos externos de particulares, o qual demonstra a confiança no país por parte dos residentes da região”.
Os depósitos seguiram crescendo apesar dos casos internacionais que afetaram a reputação do Panamá.
LEIS DE INTERCÂMBIO FORTALECEM A TRANSPARÊNCIA
As iniciativas legais aprovadas e as que estão por ser debatidas na Assembléia Nacional, que contemplam o intercâmbio de informação financeira com outros países e novas exigências para as sociedades que não mantém operações no país, “robustecem o marco de transparência de nosso sistema financeiro, são passos na direção correta e enviam um sinal ao mercado e aos diferentes reguladores sobre o compromisso e a seriedade com que o sistema bancário administra seus riscos”. Assim manifestou-se ontem o superintendente de Bancos do Panamá, Ricardo Fernández, na inauguração da Primeira Reunião Latino-Americana de Risco Financeiro, que se celebra na capital panamenha.
No passado 20 de setembro, a Assembléia Nacional aprovou, em terceiro debate, a lei que dá o aval ao acordo inter-governamental entre o Panamá e os Estados Unidos para intercambiar informação bancária de maneira automática.
O Executivo apresentou à Assembléia um projeto para exigir às sociedades offshore registros contábeis e outro para regular o intercâmbio de informação sob requerimento e automático, segundo as diretrizes do padrão da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para algumas vozes da sociedade, estas iniciativas supõem uma perda de competitividade da plataforma financeira e de serviços legais do país, o que se poderia se traduzir em uma fuga de depósitos.
Fernández se remeteu às últimas estatísticas da Superintendência de Bancos do Panamá (SBP) para refutar tal hipótese.
Apesar dos casos de transcendência internacional que afetaram a reputação do Panamá há cerca de um ano, os dados do centro bancário seguem refletindo crescimento.
Os ativos totais completaram o mês de julho com US$ 118.602 milhões, o que aponta para um aumento de 2.6% mais que um ano antes.
A carteira de crédito local encerrou o período com US$ 47.299 milhões, cifra que supera em 10.1% ao reportado no mesmo mês de 2015.
Os depósitos bancários totais somaram US$ 84.772 milhões (1.9% mais), enquanto que os depósitos locais cresceram 7.2% e alcançaram um total de US$ 50.005 milhões.
Fonte: www.prensa.com